sexta-feira, 11 de novembro de 2022

Temporada 1981

O ano de 1981 não começou muito bem para o Sergipe. Alguns rumores davam conta que o mais Querido não disputaria a Taça de Bronze (Serie C do Brasileiro) e Estadual daquele ano. Alguns notáveis torcedores, entre eles o saudoso Reinado Moura, se somaram para arrecadar fundos para que o Sergipe pudesse montar o plantel para a Taça de Bronze. A iniciativa ganho força, e alguns políticos da época também deram sua parcela de contribuição, como o então Governador Augusto Franco e o Prefeito de Aracaju, Heráclito Rollemberg. Uma feijoada foi organizada no Sergipe Country Club, porém a campanha foi apenas um pontapé inicial para que condições fossem criadas para a participação do Sergipe no Estadual, pois no decorrer das primeiras semanas de Fevereiro a diretoria conseguiu fechar uma parceria com o Banese, até o final da temporada. A partir daí, começou a montagem do elenco com a chegada do centroavante Dão e do meio-campo Zeca, (ambos ex-Santa Cruz-PE). Do Estanciano foram contratados o goleiro Albertino e o zagueiro Humbertino. Outro reforço de peso que pintou no "Mundão do Siqueira" naquela temporada, foi o atacante Nininho, formado na base do arquirrival. Apesar de toda a mobilização para a montagem de um elenco competitivo, o time rubro não conseguiu fazer uma boa temporada, sendo eliminado na primeira fase da Taça de Bronze, pelo Guarani de Divinópolis (MG) e ficando em 3º lugar no Campeonato Sergipano. Em relação aos uniformes, o Sergipe iniciou a temporada usando os clássicos uniformes da Adidas, com o conjunto titular composto pela camisa vermelha, calções brancos e meiões vermelhos. O conjunto reserva era o inverso, com camisas brancas, calções vermelhos e meiões brancos. O curioso é que, no segundo semestre a equipe mudou conjunto titular, deixando de usar o da Adidas, sendo o mesmo conjunto usado na temporada seguinte.


 

sexta-feira, 22 de abril de 2022

Temporada 1982

Voltando à nossa incursão histórica, chegamos à Temporada 1982. Em 1982, o Itabaiana pretendia conquistar o tão sonhado pentacampeonato. O Sergipe, portanto, sabia que só com grande esforço é que conseguiria quebrar seu próprio jejum de títulos. De fato, não foi fácil. Mas o que ninguém imaginava é que a esperada decisão seria tão simples - pois o Sergipe sagrou-se campeão sem sequer precisar jogar. 

A história é longa e começa com a decisão da Federação Sergipana em importar um trio de arbitragem do Maranhão para apitar a finalíssima, justamente entre Sergipe e Itabaiana. O Itabaiana, que queria um arbitro do quadro da FIFA, não concordou e entrou com uma liminar na justiça, afinal rejeitada. Diante disso, a Federação marcou o jogo para 5 de dezembro.

Às 16h30, conforme fora determinado, todos estavam no estádio Lourival Batista, o Batistão, em Aracaju: os juízes do Maranhão, os porteiros, os bilheteiros, os vendedores de pipoca, os narradores de rádio, a torcida e o time do Sergipe. Só faltou a equipe do Itabaiana.

O árbitro esperou a meia hora regulamentar e, pela ausência do adversário, deu a vitória ao Sergipe - que assim tornou-se campeão estadual.

Se a "decisão" não teve graça, o mesmo não se pode dizer da campanha do Sergipe ao longo da temporada. Afinal, o clube investiu em vários jogadores, como o volante Rui, do Rio de Janeiro, mais Itamar, Tião Marçal, Valdir e Amadeu, todos do futebol baiano.

Contudo, o grande destaque do quadro - e da temporada - acabou sendo o jovem volante Henágio, revelado nos juvenis. Depois dele, o melhor jogador foi o artilheiro Valença, ex-Vasco/SE.

CAMPANHA 

Num campeonato complicado, dividido em três fases, cada uma com duas etapas - turno e superturno - o Sergipe conseguiu driblar até a aritmética para conquistar o título. Venceu duas fases e foi vice em outra. Com isso, entrou na fase decisiva com cinco pontos de bonificação. No total, foram 47 jogos, em que conseguiu 23 vitórias e 17 empates. Perdeu apenas sete partidas. Foi o segundo melhor ataque (67 gols) e a segunda melhor defesa (sofreu 39 gols) - perdendo apenas para o Itabaiana. Depois de todos os obstáculos de fases, turnos e superturnos, acabou ganhando o título sem jogar, visto que o Itabaiana não apareceu na decisão.

Fonte: Revista Placar nº 657 de 24 de dezembro de 1982

 

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2022

Temporada 2022

Abrindo mais uma lacuna nos kits históricos do Sergipe, trago hoje os uniformes dessa temporada, mais uma vez produzidos pela Gipão. Para 2022, ano em que o Sergipe disputará 4 competições (Copa do Nordeste, Copa do Brasil, Campeonato Sergipano e Campeonato Brasileiro Série D), a Gipão trouxe um desenho que destaca a região Nordeste, com uma marca d'agua na altura do peito esquerdo. O conjunto ficou simples, porém harmônico. Um detalhe que chamou a atenção foi o tamanho dos números às costas, que nessa temporada estão em um tamanho mais proporcional à camisa.

terça-feira, 18 de janeiro de 2022

Temporada 1983

 Em 1983, o desafio do Sergipe era melhorar seu desempenho e passar da 1ª fase na Taça de Ouro (nome dado a Série A do Campeonato Brasileiro daquele ano, cuja classificação foi obtida com o Título Estadual de 1982), visto que nenhuma equipe sergipana tinha alcançado tal feito. A equipe não tinha feito nenhuma contratação de peso, porém conseguiu manter a base que conquistou o Estadual que tinha no plantel o atacante Valença, que foi o artilheiro do Estadual com 26 gols e com o talento do jovem meia-armador Henágio (que se destacou na competição, e partiu para o Santa Cruz-PE) e do milagroso arqueiro Albertino. Mas apesar da esperança da Massa Colorada, o Esquadão colorado não conseguiu a classificação, porém terminou a competição na 26ª colocação entre os 44 times que disputaram o campeonato. Já no Campeonato Sergipano, a equipe entrou na competição como atual campeão e com a base mantida, exceto com a ausência de Henágio, que saiu logo após a Taça de Ouro. A expectativa éra grande para o Bicampeonato, porém era um campeonato complicadíssimo. Cada um dos três turnos foi dividido em duas fases distintas. A primeira disputada por oito clubes; a segunda, um quadrangular com os melhores da fase anterior. O vencedor de cada fase se credenciava para o chamado turno decisivo, levando um ponto um ponto de bonificação.  Apenas o Sergipe, o Estanciano e o Confiança participaram da reta final, encerrando uma cansativa jornada de jogos. No jogo decisivo, Confiança e Estanciano estavam na liderança, com 6 pontos - sendo que o Estanciano já tinha encerrado sua campanha. O Sergipe estava com 4 pontos e em caso de vitória no jogo final contra o Confiança, empataria com os adversários e deixaria o campeonato indefinido. No fim, em um jogo cheio de catimba e com 2 jogadores do Confiança expulsos, deu empate e o titulo ficou com o Confiança, que não ganhava um troféu desde 1977. Na temporada 1983, os registros fotográficos encontrados nos levou a conclusão que o Sergipe usou algumas variações do seu uniforme (fato comum na década de 1980 entre clubes do nordeste). O uniforme titular era com a camisa predominantemente vermelha com mangas brancas, com o patrocinio EVEREST às costas, calção branco e meiões vermelhos. O uniforme reserva era de um modelo diferente do titular, com o branco como cor predominante, e linhas verticais finas em vermelho, e gola tipo "pólo" vermelha, com o patrocinio EVEREST às costas, calção vermelho e meiões vermelhos.

Fonte: Revista, Placar Edições 660 e 710 de 1983.


Temporada 1978

Voltando com mais um uniforme, hoje é a vez da da Temporada de 1978. Essa foi uma temporada frustrante pra o time do Sergipe, que marcou a s...