Até a temporada de 1995, o Itabaiana detinha o maior recorde de títulos seguidos. O Tremendão havia conquistado um pentacampeonato de 1978 a 1982, sendo que em três o Sergipe foi vice e no último o clube rubro dividiu o título com o tricolor. Ou seja, a rivalidade com o time serrano naquela época era tão grande quanto com o Confiança.
Percebendo a força do elenco com maioria formada no João Hora, após conquistar o tetra, o Mais Querido não mediu esforços para se igualar ao Itabaiana em número de taças estaduais seguidas. Havia ainda um desejo maior, em especial de Ari Resende, em poder colocar em vários locais do estádio a frase que viu nos Aflitos, sede do Náutico: Hexa é luxo! Mas essa já é outra história.
Após o tetra, vários dos bons jogadores, a exemplo de Rocha, Leniton e Elenilson, saíram do elenco e eles tiveram que remontar a equipe utilizando mais uma vez principalmente os atletas da base, como Chicão. Os que ficaram como Marcos, Gildásio e Osvaldo nos deram totais condições de atuar no elenco sem problemas. Eles transmitiram a experiência que os mais jovens precisavam para fazer um grande campeonato, inclusive o clube trouxe o Marcelo Sergipano, outro bom jogador e que ajudou muito na campanha. O plantel era muito bom, o que rendeu tembém uma boa campanha no Brasileiro da Série B, que só não culminou com o acesso, visto que muitos atletas foram dispensados durante a competição.
Apesar de uma sequência inédita de titulos e uma boa campanha na Série B, a campanha do penta estadual não foi nada fácil, visto que o maior rival vinha com um elenco muito forte e ainda tinha o Itabaiana para “botar água no chope” do alvirrubro. O dirigente Ari Resende relembra momentos cruciais do torneio. O dirigente Ari Resende relembra momentos cruciais do torneio.
- A campanha do pentacampeonato do Sergipe, em minha opinião, foi muito mais valorizado do que o hexa, foi muito mais difícil. Tínhamos três jogos seguidos com o Confiança, mas enquanto o Confiança estava 40 dias de folga só nos aguardando, nós estávamos jogando direto pelo Campeonato Brasileiro com equipes de São Paulo, Rio de Janeiro e Curitiba. Só que quando nós voltamos para Aracaju, tanto os rivais quanto a imprensa, achavam que o Sergipe não tinha mais ninguém, porque vínhamos jogando direto, quarta e domingo, então íamos chegar sem elenco forte pra brigar pelo título. Só que entre uma partida e outra nós contratamos dez jogadores fora os que já estavam como Limoeiro, Vavá, Gito, Marquinhos e Cássio. Trouxemos, regularizamos todos e ninguém sabia. Quando nós fomos fazer as partidas com o Confiança estávamos com um elenco totalmente forte e focado no título – explicou Ari Resende.
O Confiança ganhou o quadrangular. Como prêmio, o time azulino já entrou na fase final com pontos a mais. mas o Sergipe conseguiu reverter a situação.
- Devido à algumas ausências, acabamos perdendo alguns jogos, até porque não tínhamos fôlego para suportar as duas competições ao mesmo tempo. Encerrado o Brasileiro, ficamos somente com o estadual e, inclusive, já tínhamos perdido alguns jogos para o Confiança, mas na reta final conseguimos vencê-los e graças a Deus conquistamos o título, o tão almejado pentacampeonato. Pra mim, muito marcante, pois foi meu primeiro título como titular no Sergipe e pelos prêmios que eu conquistei ao final do estadual – relembrou o ex-volante Chicão.
E assim o Sergipe chegou ao tão sonhado e sofrido quinto título seguido, igualando a marca do Itabaiana, entre 78 e 82. Mais uma conquista que ficou marcada para torcedores, dirigentes e jogadores alvirrubros.
Os uniformes usados em 1995, mais uma vez foram produzidos pela Spert. No início da temporada, o uniforme usado possuía um layout semelhante ao da temporada anterior, mas sem o patrocício do Banese. Durante o andamento do Estadual, a Spert apresentou o novo uniforme, trazia um desenho inspirado na camisa usada pelo Internacional (RS) usado no ano anterior e produzido pela Umbro, e já com o patrocício da Coca-cola. O conjunto titular era predominantemente vermelho, com detalhes brancos nas mangas (com o nome "SERGIPE"), calções brancos e meiões vermelhos. O conjunto reserva possuia o mesmo design do titular, com o branco predominante e detalhes vermelhos nas mangas, calções vermelhos e meiões brancos.
OBS: O texto acima foi extraído de uma matéria do jornalista Osmar Rios, publicado no site do Globo Esporte Sergipe, que fazia alusão aos 20 anos do Hexacampeonato do Sergipe. Para ler a matéria, clique aqui.