sexta-feira, 29 de outubro de 2021

Temporada 1984

O presidente Antônio Soares da Mota, o saudoso Motinha, mostrou ser tão ou mais exigente que a torcida do Sergipe. Ao longo do campeonato, dispensou três técnicos até que acertasse a fórmula ideal. Aí, partiu para a conquista do título.
O Sergipe começou sua campanha com Nereu Pinheiro. Depois, veio Alberto Freire, que cedeu o lugar para Juan Celly. Só na metade do terceiro turno — dos quatro que durou o campeonato — foi que a chegada de Luís Pondé engrenou o futebol da equipe. Para Luís Ponde sobrou a coragem que faltou aos demais: coragem de tirar do time "craques" que não vinham correspondendo. Sua fórmula foi simples. Quem se dedicasse mais, seria o titular. Por isso o meio-campo acabou formado por Gena, Paulinho e Rivaldo, todos ex-juvenis. Com esta filosofia, o Sergipe venceu o quarto turno e entrou para a decisão.
De todo o elenco, o jogador mais destacado nasceu dentro do próprio clube. Genaldson Souza da Conceição, 21 anos, o volante Gena. Participou de algumas partidas no campeonato de 1983, mas faltava um técnico que confiasse em seu talento. Em todo o Estado, não havia quem protejesse melhor uma zaga. Nem por isso deixava de avançar e criar oportunidades de gol. Tanto que foi ele o marcador do tento que deu o título por antecipação, na partida contra o Estanciano (1 x O, no dia 25 de novembro de 1984). Naquela tarde, aliás, a torcida vibrou muito. Todos estavam com uma injustiça atravessada na garganta: a divisão do título de 1982 com o Itabaiana por decisão do STJD, depois de o adversário se ter recusado a ir para o campo disputar o jogo final.
Para a fanática torcida do Sergipe, agora era a hora de fazer a verdadeira festa.
Para eles, o jejum durava nove anos, desde o último verdadeiro campeonato sergipano, no ano de 1975.
A certeza da conquista por antecipação era tão grande que a diretoria encomendou a cerveja, colocou o trio elétrico Atalaia na porta do estádio e ordenou aos porteiros que liberassem o gramado após a partida.
Com tantos ingredientes, foi só comemorar o 1 x O contra o Estanciano. 

Fonte: Revista Placar, Edição 782, 28/12/1984

 

sexta-feira, 15 de outubro de 2021

Temporada 1985

Na temporada 1985, coincidência ou não, o presidente do Sergipe, Antônio Soares da Mota, repetiu a mesma bem-sucedida fórmula do ano anterior para chegar ao bicampeonato. Como em 1984, o Sergipe trocou três vezes de treinador ao longo de sua campanha. O time começou sob o comando do técnico Onça. Depois veio Luís Pondé, que cedeu seu lugar para Mirobaldo. Por fim, Luís Pondé voltou a dirigir a equipe até a decisão. Nova coincidência: o mesmo Pondé sagrara-se campeão com o Sergipe na temporada passada. 

Mesmo com todas essas casualidades, em nenhum instante a torcida do Sergipe pôde comemorar a conquista antes da hora. No domingo, dia 1.º de dezembro, o time deixou Aracaju e percorreu 74 km até a cidade de Estância em busca dos dois pontos que lhe dariam o título por antecipação. Sua fanática torcida também tomou de assalto o pequeno Estádio Augusto Franco. Bem que o Sergipe tentou o gol, mas o Estanciano se desdobrou e conseguiu segurar o empate de 0 x 0, inspirado pelo gordo bicho do Itabaiana — que com este resultado ressuscitaria suas chances de chegar ao título.

Desta forma, a finalíssima foi adiada para o domingo seguinte, dia 8. Para o Sergipe, bastaria um empate. Mas o Itabaiana não deixava de ser um terrível pesadelo. Seu presidente, por exemplo, garantia durante a semana que o time não entraria em campo caso o Tribunal de Justiça Desportiva não julgasse o centroavante do Sergipe, Londrina, que já cumprira suspensão. Todos temiam que o vexame da final de 1982 se repetisse — o Itabaiana não entrou em campo na decisão contra o Sergipe e depois foi beneficiado pelo STJD, que dividiu o título. 

Mesmo com esse clima de insegurança e a forte chuva que caía sobre a capital, as duas torcidas lotaram o Estádio Lourival Batista, o Batistão. Logo aos 23 minutos do primeiro tempo, o centroavante Londrina abriu o marcador para o Sergipe: bateu uma falta de longa distância e o goleiro Marcelo aceitou um grande frango. Quinze minutos depois, o Itabaiana empatou, com um gol de Angioletti. Mas foi inútil; o time não teve forças para reagir e vencer.

No final, festa da torcida do Sergipe, que invadiu o gramado e obrigou que o troféu só fosse entregue no vestiário. No meio de tanta euforia, o presidente Antônio Soares da Mota já começava a fazer planos para o tricampeonato. Seja lá quantas vezes precise trocar de técnico.

Fonte: Revista Placar,  Edição 815, Janeiro de 1986

quarta-feira, 13 de outubro de 2021

Temporada 1986

Tudo indicava que 1986 o Sergipe consolidaria a hegemonia das ultimas 2 temporadas, quando tinha conquistado o Bicampeonato Sergipano. Time manteve a base e ainda se reforçou com o veterano Beijoca (ex-Bahia), porém o favoritismo não se consolidou em campo e a equipe não repetiu a regularidade dos anos anteriores e viu o arquirrival, que passava por problemas extracampo, montar uma equipe em um curto período, mas que conseguiu levar a Taça.  Já no Brasileirão (vaga conquistada, com a conquista do Estadual em 1985), o Sergipe fez uma campanha ruim e acabou na penúltima colocação do Grupo B. Os Uniformes usados em 1986, eram basicamente os mesmos da temporada 1987, mas tinham acima do distintivo, 2 estrelas alusivas ao Bicampeonato Sergipano 1984/85. O conjunto titular era composto pela camisa vermelha com gola "V" branca e punhos brancos, calção branco e meiões vermelhos. Já o uniforme reserva era com a camisa branca com gola "V" vermelha e punhos vermelhos, calção vermelho e meiões brancos.


quinta-feira, 7 de outubro de 2021

Temporada 1987

Como de costume, as fórmulas do Campeonato Sergipano nas décadas de 1980 eram mirabolantes e em 1987 não fugiu a regra. O Campeonato se estendeu de fevereiro a agosto, com fases, turnos e quadrangulares e por fim corou o saudoso e simpático Vasco Esporte Clube com seu 1º título na era profissional e 4º geral. O Sergipe em 1987, apesar de ter ficado em 1º na Classificação Geral (levando-se em consideração os 2 turnos) não se classificou para o Quadrangular Final, e a única alegria da torcida colorada foi ver Celso Mendes terminar a competição como artilheiro, com 18 gols. Os uniformes usados em 1987 foram os mesmos usados na temporada 1988.


Temporada 1978

Voltando com mais um uniforme, hoje é a vez da da Temporada de 1978. Essa foi uma temporada frustrante pra o time do Sergipe, que marcou a s...